Era manhã, e ela vestia shorts floridos e uma camiseta branca. Nos cabelos negros e levemente cacheados um laço de fita mal atado combinava com os sapatinhos cor de rosa que estavam em cima de meinhas brancas de renda. Ela sorria, e o céu estava muito azul, o vento estava confortavelmente fresco, o sol confortavelmente quente e o lago enfeitado com lindos patinhos de variadas cores e tamanhos.
Ela se divertia enquanto percorria a grama à margem do lago, imitava os “quá quás” que os animaizinhos produziam e sorria, e gargalhava. Seus pais que a observavam bem de perto se entreolhavam e sorriam juntos. O pai, querendo ver a filha ainda mais feliz, levou pedaços de pão e começou a alimentar os patos, a cada pedaço abocanhado pelos bicos alaranjados como um por do sol, gargalhadas sinceras eram compartilhadas com os transeuntes. Ela gargalhava, gargalhava tanto, que sua barriguinha parecia começar a querer doer, ela pulava, gritava, inclinava o corpo, colocava as mãozinhas na barriga e gargalhava.
O pai, que parecia encantado com, a súbita, e ao mesmo tempo inocente, felicidade da filha, trazia consigo um olhar orgulhoso de si mesmo. Incansável, atirava os farelos para os patinhos e decidiu, sem vergonha, receio, ou pudor se divertir também. Sua barriga parecia começar a dar aquela dorzinha gostosa, e ele pulava, inclinava o corpo, colocava as mãos na barriga e gargalhava, gargalhava e gargalhava.
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